terça-feira, 24 de maio de 2011

Meu Adorável Vagabundo

Meu adorável vagabundo
Chega como quem não quer nada, com uma cara de dar pena
Olhos de lince com um ar distraído, contente com a vida e bem humorado
Sorri, acena, brinca... Como se fosse um criança, ele conquista
Não dá pra notar a sua sutil e imperceptível maldade
Há quem possa jurar que nunca viu qualquer malícia; Por outro lado há quem acredite
mais em notas de três reais do que na sua própria figura.
Personagem vestido de amigo, companheiro de todas as horas, boemio de muitos amigos.
Lobo em pele de cordeiro ele vaga pelas madrugadas a dentro, com sua elegância
incontestável.
Como se nada o pudesse afetar ele enfrenta perigos, leis e qualquer coisa considerada
proibida; Para ele tudo é capaz de ser inimaginavelmente fácil.
É como se a sorte gostasse dele, e por um simples gostar ela resolvesse acompanha-lo
Não importa o que aconteça, nao importa o que digam, não importa mais nada; Ele é.
Resistir não é possível. Podem ignora-lo, pois nunca ele ligou para essas bobagens.
Se não sobra um copo de cerveja nesse bar, não importa, tenta no outro e por ai vai
Aceitável e inocente até que se prove o contrário. Desaventurada é aquela que se deixa
levar por seus agrados e desagrados; Aquela que quando menos espera está observando seus
traços de idade, deixando o sono de lado, perdendo a noção das horas enquanto tenta se
convencer de que não vai durar; Em vão.
Ele não dá tempo para pensar, quando você se dá conta, ele já veio, já passou, já marcou,
e só o que resta são horas em baixo do chuveiro pensando no seu retorno.
E ela espera, espera e espera; Pode esperar minha cara, ele não voltará Tao cedo.
Enfim ela dorme, para acordar na manha seguinte e como quem retorna ao mesmo sonho da
noite anterior, ela volta a pensar como e quando será o seu retorno.
Enquanto ela nega e sofre ao mesmo tempo, ele veste sua pele limpa e renovada,           
e lá vai ele novamente, cego de prazer do seu próprio ego, cercado dele mesmo por todos
os lados.
"Todos os dias de manhã, vem a nostalgia das besteiras, e das besteiras, e das besteiras que fizemos ontem"

Maya Costa (domingo 22.05.2011)

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