domingo, 28 de fevereiro de 2010

Texto Para o Filho de Dédalo - 17/05/09



Hoje quando eu acordei, eu não consegui me levantar.
Hoje quando eu acordei, minha alma não quis acordar.
Hoje quando eu acordei, meu coração estava dolorido..
Hoje quando eu acordei, você não acordou junto.
Hoje quando eu acordei... Na verdade... eu nem dormi!

Um vazio sem calma tomava conta do meu quarto. Minha cama girava, mas meu corpo se mantia imóvel, irracional, inconciente...
Raios de sol e de céu azul entravam pelas frestas da janela... Mas em mim, tudo escuro!
O cobertor já não aquecia mais, o travesseiro transbordava sonhos e pesadelos, o som dos pássaros lá fora não trazia mais a mesma paz.
Aos poucos os barulhos cotidianos adentravam as quatro paredes, e o som da sua rejeição já não saia mais da minha cabeça. O teu cheiro já não era mais tão presente no travesseiro ao lado, e os teus olhos já não se abriam primeiro para mim.

Ao levantar, tomei aquele breve café requentado, comi aquele bolo que não era capaz de tirar o gosto amargo da minha boca e da minha vida.
O jornal não trazia mais do que velhas noticias recentes, de um presente bem passado. Para a minha sorte o amor não estampava a primeira página do folhetim, mas por mais que eu quisera, não podia negar que estampado na alma com letras pouco legíveis, talvez um pouco borradas e apagadas, estava uma breve e coplexa história de amor.

Definitivamente um roteiro para teatro, um ato, uma cena de filme, um capítulo da novela das oito. Mas não passava apenas de mais um dia para quem permite se apaixonar, não passava de mais um coração lamentando, não passava de mais um lamento entre tantos ja vistos.
Assim correram os minutos, as horas... Como se cada tic-tac do relógio ecoasse por toda a casa, em cada comodo, em cada canto, em cada parte do me corpo.

E assim, vou desvanecendo nos dias, até que a dor se torne ao menos suportável, e eu possa conviver comigo mesma sem a culpa, sem o mérito nem o mostro, sem o amor e sem você.


I Coríntios 13:

"Ainda que eu fale as linguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine..."

"O amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade,
TUDO SOFRE, TUDO CRÊ, TUDO ESPERA, TUDO SUPORTA... O AMOR JAMAIS ACABA."

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