quarta-feira, 18 de julho de 2012

Diário de Abstinência I




 Olá caros e raros leitores de todas essas bobagens que eu escrevo. Muitos de vocês já sabem, eu sou Maya, tenho 21 anos e vira e mexe venho aqui vomitar alguns pensamentos em vocês. Porém, especialmente hoje eu não vou escrever nenhum conto, poesia ou crônica. Me limitarei a fazer uma breve análise de um mau bocado que eu tenho passado, mas que me fez pensar muitos sobre algumas atitudes humanas.


-Vamos aos fatos:
 A pouco mais de um mês eu estou em uma abstinência geral de sexo. Longos e assustadores dias. E com o tempo pude notar mudanças físicas e psicológicas me afetando bruscamente e refletindo na minha convivência em comunidade. Acreditem amigos, é triste.
 Tudo começou depois de uma temporada de duas semanas fora de casa. Rever muitos amigos, ouvir música boa, fumar muitos maços de cigarro e acima de tudo, o problema inicial, muita maconha. Já li que algumas garotas tem uma baixa tolerância a maconha quando o assunto é ciclo menstrual, já passei por essa experiência algumas vezes e realmente fiquei totalmente desregulada. Pois bem, acontece que dessas últimas vezes foram pequenas doses, e nessas duas semanas foram, eu diria, exageradamente! E cá estou eu, encarando esse pequeno problema que só o tempo pode resolver. Devido a isso, eu prometi a mim mesma que não manteria nenhuma relação sexual até isso se ajustar por completo...

*Aos leitores homens eu digo: Vocês tem muita sorte!*
*E aqueles que já estão pensando besteira: Não, eu não estou grávida!*

... Desde de então, eu entrei nessa privação sexual. Nas primeiras semanas foi muito complicado(O que não é novidade para ninguém que eu não tenho problemas com a minha sexualidade, nem em falar, muito menos em fazer. E o que eu acho que deveria ser absolutamente normal, pensamento reforçado mais ainda nesses últimos meses, pessoas bem resolvidas vivem melhor), foi como reiniciar a vida sexual, tudo remetia à sexo, toda e qualquer lembrança já conseguia me deixar instigada, um tanto quanto sufocante.
 Com o tempo comecei a evitar as saídas a noite, que apenas me faziam pensar nisso. Sejamos sinceros, 95% das vezes que eu sai, acabei exatamente da maneira como eu queria, make sex!

*Engana-se quem acha que as mulheres não pensam só "naquilo". Prazer não é um privilégio masculino, baby.*

 Com o passar do tempo, a abstinência foi refletindo no comportamento do dia-a-dia. Um mau humor constante, falta de paciência, emoções à flor da pele e uma comilança compulsiva, sem contar as mudanças físicas, espinhas, pele oleosa, cabelo sem brilho, inchaço. É como uma TPM sem fim.

*Mulheres leitoras entendem a minha dor*
*Todos nós sabemos que sexo bom de verdade e com frequência nos deixa no mínimo mais animados.*

 A vontade de sair foi de pouca para quase nada, chegando ao ponto da não valorização, do stress com os familiares e amigos mais próximos e do descaso com relações afetivas. Com isso vem a insônia, noites mal dormidas e pesadelos. Até hoje, todas as noites, tenho sonhos relacionados com sexo, o que nessa situação, eu posso considerar como pesadelos horríveis.

*Que conste que desde os meus 18 anos, eu tenho uma vida sexual ativa e muito saudável. Um tanto ninfomaníaca, eu diria, porém agradável.*

 Hoje, com quase dois meses de abstinência, eu passei do estágio obcecada para meio conformada. O que não diminui os pensamentos do que fazer, e com quem fazer depois que esse inferno acabar. Beirando o instinto animal.
 Pode parecer exagero, e sei que muitas pessoas dirão "Mas só dois meses?". Só que pra mim é assim, é extremamente difícil ficar sem manter minhas saudáveis relações, e coloco o sexo como algo de suma importância na minha vida. De fato, quando o assunto é sexo, pode sentar e pedir uma ou duas cervejas porque a conversa vai longe.

*A propósito, gostar de sexo não me faz uma vadia, me faz livre, coisa que quem não entender esse desabafo/auto-análise, não é.*

 E assim os dias vão seguindo, e se preciso for, eu vou atualizando esse post, até que essa auto-análise termine e eu possa voltar ao normal. Não é uma poesia, nem um conto, nada do tipo... É apenas um desabafo sincero, é como um diário: "O Diário da Minha Abstinência".

*Serve também pra explicar o meu afastamento e o meu repentino mau humor com o mundo.*

 Só para terminar por hoje, o mais engraçado e curioso de tudo isso é analisar as pessoas que não são felizes na cama(ou seja lá onde cada um goste de fazer). Essas pessoas tendem a ser amarguradas e mau humoradas, e eu não quero ser assim. E mais uma vez a frase que eu ouvi no boteco se repete: O que você faz no sexo, reflete na sua vida.
De fato, o sexo é de suma importância para uma boa convivência social.

To be continued...




*Texto termina com muita gente me achando uma ninfomaníaca maluca.*




Maya Costa.

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