segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Teus Olhos Bonitos

 
 
Teus olhos
São bonitos
Eles brilham


Nesse exacto momento
Se você olhar para o céu
Verá duas estrelas
Uma ao lado da outra
Elas brilham


Teu sorriso
É grande
Imenso
Ele brilha


Só de lembrar
Sorrio
Só rio
Ai que saudade de ti
 
Quando a boemia se aproximar
Eu serei mais feliz


Quem sabe eu o veja mais uma vez
Teus olhos
Teu sorriso


Eles brilham


Maya Costa


domingo, 28 de agosto de 2011

Supreendente e Interessante

À Noite Dissolve os Homens

A noite desceu. Que noite!
Já não enxergo meus irmãos.
E nem tão pouco os rumores que outrora me perturbavam.

A noite desceu. Nas casas, nas ruas onde se combate,
nos campos desfalecidos, a noite espalhou o medo e a total incompreensão.
A noite caiu. Tremenda, sem esperança...
Os suspiros acusam a presença negra que paralisa os guerreiros.

E o amor não abre caminho na noite.
A noite é mortal, completa, sem reticências,
a noite dissolve os homens, diz que é inútil sofrer,
a noite dissolve as pátrias, apagou os almirantes cintilantes!
nas suas fardas.

A noite anoiteceu tudo... O mundo não tem remédio...
Os suicidas tinham razão.

Aurora, entretanto eu te diviso,
ainda tímida, inexperiente das luzes que vais ascender
e dos bens que repartirás com todos os homens.

Sob o úmido véu de raivas, queixas e humilhações,
adivinho-te que sobes,
vapor róseo, expulsando a treva noturna.

O triste mundo fascista se decompõe ao contato de teus dedos,
teus dedos frios, que ainda se não modelaram mas que avançam
na escuridão
como um sinal verde e peremptório.

Minha fadiga encontrará em ti o seu termo,
minha carne estremece na certeza de tua vinda.

O suor é um óleo suave, as mãos dos sobreviventes
se enlaçam,
os corpos hirtos adquirem uma fluidez, uma inocência, um perdão
simples e macio...

Havemos de amanhecer.
O mundo se tinge com as tintas da antemanhã
e o sangue que escorre é doce, de tão necessário
para colorir tuas pálidas faces, aurora.



C.D.A.




Procurando inspiranção para escrever sobre você... vocês!



sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Podem me prender; Podem me bater; Mas eu não mudo de opinião




Revolução soa muito romântico, vocês sabem, mas não é. É sangue, culhão e loucura; é menininhos mortos que ficam no caminho, menininhos que não entendem porra nenhuma do que está acontecendo. É a sua puta, a sua mulher rasgada na barriga por uma baioneta e depois estuprada no cú enquanto você olha. É homens torturando homens que costumavam rir com as historinhas do Mickey Mouse . Antes de você entrar nesta coisa, decida onde está seu espírito e onde ele estará quando a coisa tiver terminado. Eu não acredito que nenhum homem tem o direito de tirar a vida de outro homem. Mas talvez mereça um pouco de reflexão antes. É claro, a porra é que eles têm tirado as nossas vidas sem disparar um tiro.
 
Charles Bukowski

Deleite



Olha só, mais uma vez, a gente se misturando feito leite e café
Eu nem sei mais qual é o meu braço
Abraço
Desfaço
Refaço

Como é bonito quando a gente se derrama um dentro do outro, não é?
Se come com os olhos, 
Se beija com a boca, 
Se prende com as pernas
Se afoga com os olhos...

Para nós, tudo é capaz de ser 
Serei... Serás... Seremos
Já dizia Pablo Neruda

Sejamos então
E que assim seja

Olha só mais uma vez a gente.


Maya Costa


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A Grande Fraude Que é Deus

Há quem fale em Deus; 
Aquele que castiga, que pune, que ensina.
Que raio de Deus é esse que faz as pessoas se sentirem culpadas, cheias de remorso, auto punição
Martela com força até fazer sangrar.


Vai Deus! Ensina alguma coisa então!
Você é o que tanto conforta, o que dá com uma mão e  tira com a outra
Eu não acredito em você; Não quero acreditar
Sendo assim, por favor se retire


Não é Deus, eu digo à ela
Mas essa flagelação conformada se acomoda
Ela sente necessidade de sofrer 
E tudo, por que crê


Foda-se Deus, foda-se a religião, foda-se essa droga de repressão que sofremos
Eu não acredito e ponto!
E eu não quero dentro da minha casa uma força que se diga maior e que a faça sofrer
Deixa ela em paz, o seu perdão divino não é bem vindo e quisto aqui dentro


Eu sou o meu Deus; Aprendi com uma pessoa
Então que assim seja.


Não é justo. Nada é.


Maya Costa

Ao Camarada com Carinho





Virtualmente somos monossilábicos
Há quem veja de longe e diga entre os dentes "Ah, mas eles não são tão amigos assim"


Sabe camarada, à mim pouco me importa
Somos terra, gostamos mesmo é de ver, sentir, pegar
Essa história toda de letras não é conosco 


Amizade de quem sente falta é;
De carne e osso
Olhos e pupilas
Voz e ouvido


Uma pausa para um  gole de cerveja;


O que a boemia uniu
Tempo nenhum jamais separa ou substitui


Pode-se fazer o homem pisar na lua
A moça virar o disco
O carteiro tropeçar na calçada 
Ou até mesmo inventar uma máquina de comunicação virtual


Pode o mundo estar para acabar
Mas lá estaremos nós, sentados em uma mesa de bar ouvindo aquele disco do Chico, juntos.



Maya Costa(Ao camarada Angelo Nunciarone)

sábado, 6 de agosto de 2011

Pétalos

Un poema para alguien que se viste de flores de pies a cabeza;

Con el mundo más hermoso que el de Alice
Con una mirada más cercana a un lince
Ella camina entre las hojas secas

Gotas de rocío caen de tu sonrisa
Ella lo mira, todo se ha ido

Ni más ni menos
Ella mira el mundo con los ojos para creer

Y cuando se ama, arroja todas las flores que cubren
Me encanta

Grita, salta, silbatos, los remolinos y las caídas en la central para dar vuelta

No puedo entender al hombre que un día no quieren más
Sólo puede estar loco

Este es un verso a mi amiga Julia; Me encanta.







Maya Costa