"Eu possa dizer do meu amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."
Há muito que eu queria escrever, contar sobre essa nova fase, colocar cada sentimento em palavras. Mas como, se nem mesmo eu sei como tudo isso aconteceu? Só me veio uma luz... Isso, uma luz logo ali na estação da Luz. E quando eu dei por mim, cá estava você, fazendo morada em mim, despertando aquele sentimento velho, empoeirado, cheios de teias de aranha (teias de mágoas). A principio o medo, em seguida mais medo ainda, mas eu me pergunto, medo de que? Medo de amar? Medo de sair da comoda solidão generalizada? Medo de romper com as minha própria ilusórias ideologias moderninhas?
Pra onde você jogou aquela velha eu, que desprezava qualquer tipo de sentimento, que se esvaía em um ou dois copos de cerveja e por ali mesmo na Rua Augusta se esquecia.
Há tempos que eu queria escrever, contar sobre essa nova (maravilhosa) fase. E aqui estou, tentando ainda colocar sentimentos em palavras, mas ora vejam que tolice, sentimentos não cabem em palavras vomitadas ou nesse clichê-demagogia barata que escrevo aqui.
Não sei mais como me expressar sem ser ultra-romântica, sem soar Bayroniana. Como não dizer que encontrei nos seus olhos marejados de café, tudo que eu sempre desejei mesmo que nos sonhos mais profundos e secretos. Meu peito ainda há de explodir, de novo, de novo e de novo. Quantas vezes for necessário, todas as vezes que seus dedos tocarem minha pele, assim nasce um arrepio.
Amar não é nada (quase nada), perto do que eu penso sentir. Penso, porque acho que sinto até mais do que a minha capacidade lógica consegue captar.
Você é todo o oxigênio do meu mundo, estar sem você é só morrer nas horas, nos minutos, nos segundos...
E eu sei, com absoluta certeza, que isso é pra sempre. O nosso "Eterno enquanto dure". O nosso "Felizes para sempre". O famosos e clichê "Até que a morte nos separe".
Sem mais.
Eu amo você, como eu nunca imaginei amar, como eu nunca imaginei existir amor assim.
Eu sei, nem me reconheço escrevendo tal heresia.
-Maya Costa Drago