quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Ao Camarada com Carinho





Virtualmente somos monossilábicos
Há quem veja de longe e diga entre os dentes "Ah, mas eles não são tão amigos assim"


Sabe camarada, à mim pouco me importa
Somos terra, gostamos mesmo é de ver, sentir, pegar
Essa história toda de letras não é conosco 


Amizade de quem sente falta é;
De carne e osso
Olhos e pupilas
Voz e ouvido


Uma pausa para um  gole de cerveja;


O que a boemia uniu
Tempo nenhum jamais separa ou substitui


Pode-se fazer o homem pisar na lua
A moça virar o disco
O carteiro tropeçar na calçada 
Ou até mesmo inventar uma máquina de comunicação virtual


Pode o mundo estar para acabar
Mas lá estaremos nós, sentados em uma mesa de bar ouvindo aquele disco do Chico, juntos.



Maya Costa(Ao camarada Angelo Nunciarone)

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